terça-feira, 24 de novembro de 2009

À conversa com


4. Qual é a sensação de trabalhar em televisão e em Teatro? Sente diferenças?
Em televisão gosto do sentido de urgência do trabalho, da rapidez que é exigida, da ginástica de representação que é exigida. As pessoas não sabem, mas há muitos bons actores nas telenovelas nacionais a executarem diariamente quase-milagres. O teatro, para mim, tem a magia da festa, do acontecimento, da comunhão do facto de estarmos
ali todos juntos, na presença física uns dos outros e da partilha desse acontecimento único nas nossas vidas.

5. Das novelas que fez qual a que lhe deixa mais saudades? E no Teatro, qual é a peça que gostaria de repetir?
Só fiz parte do elenco de duas novelas e uma série, até hoje: Anjo Selvagem, Ninguém Como Tu e
Residencial Tejo. Todas elas me marcaram por diferentes razões. A Residencial foi um objecto estranho, porque foi a minha primeira grande experiência televisiva e ao mesmo tempo era teatro filmado, o que me gerou muita confusão na cabeça em relação à técnica a utilizar. O Anjo foi o meu primeiro grande contacto com o público e foi assustador a princípio, mas muito recompensador pelo carinho que o público nos deu. Já Ninguém Como Tu, foi turbulento, mas deu-me muito gozo fazer uma personagem muito contida, muito diferente de mim. Em relação ao teatro, já deixei de contar as peças que fiz. Guardo com mais carinho umas que outras, claro. Tenho sempre a sensação, em todos os meus trabalhos, que podia tê-los feito melhor e que podiam ter sido feitas melhor. Aliás, passa-me sempre pela cabeça: um dia hei-de voltar a esta peça com outros olhos... Pode ser que um dia. Mas há tanto para fazer, que se calhar o que já foi, já foi.

6. Como foi fazer parte do elenco do «
Fame»?
Foi mais uma experiência. Mais um desafio. Eu gosto é de representar,
independentemente do projecto ou da personagem. O Fame foi um grupo artístico bem engraçado. Pena são os problemas de produção e os vigaristas que proliferam também no mundo do teatro. É que não sei se sabem, mas esta profissão está completamente desprotegida. Somos pouco mais que saltimbancos...


Hoje deixamos mais três perguntas que fizemos ao actor Alexandre Ferreira. Para a semana publicaremos mais.


Fiquem atentos até lá pois poderemos dar-vos a conhecer outras novidades!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pequenos, grandes, talentos!


Desde que abraçamos este projecto, os dias da semana passaram a ter novos significados aos nossos olhos. Quarta-feira, dia dezoito de Novembro, por exemplo, ganhou o significado de «Novas experiências, novos sorrisos».
Perto de nós descobrimos novos talentos, que encontraram nos instrumentos uma nova forma de comunicar. Dotados de um enorme sentido de responsabilidade, aliado ao enorme talento que lhes sai em notas musicais, os alunos de Orquestra, do Conservatório de Música de Gaia, deixaram-nos assistir a um dos ensaios, mostrando-nos a maneira como fazem dos instrumentos musicas a sua segunda língua. Desde o primeiro violino ao violoncelo, passando pelas trompas, oboés, trompete, fagote, clarinete e segundos violinos, a genialidade em harmonizar o som num só deve-se a todo o empenho destes pequenos, grandes, talentos.
Foi uma hora em que os nossos ouvidos e os nossos corações pediram que o som não acabasse, pela forma como todos se comprometiam a fazer boa figura, mostrando que é desde pequenino que podemos marcar a diferença.
O ensaio, para além de sério e preenchido por sentido de responsabilidade e uma clara vontade de melhorar em cada nota musical, também foi marcado por sorrisos e gargalhadas. Se mais ensaio houvesse, mais vontade tínhamos de ficar a assistir. O sentimento foi geral e a vontade de, naquela hora que passou como um estalar de dedos, aprender a tocar como eles foi muito mais forte do que a despedida, que já se adivinhava - e a qual não queríamos deixar acontecer.
Todos os «Obrigado» foram marcados com mais sorrisos. No caminho para casa, as lembranças que se iam multiplicando descreviam o que tínhamos vivido à uma hora atrás, e são todas aquelas memórias que, seguramente, iremos relembrar durante muito, muito tempo!
Esperamos voltar e ter a oportunidade de assistir a um novo ensaio onde tudo se esquece e apenas fica, em cada um de nós, a suave melodia que, desde o sopro às cordas, se fundiam numa única nota musical.

Pequenos, grandes, talentos, o mundo tem tudo para vos acolher no patamar mais alto. Nós esperamos por vocês!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Mais um objectivo vencido!


Debaixo da chuva que invadia a cidade do Porto, viam-se, ao longe, três guarda-chuvas diferentes, mas que escondiam um objectivo em comum: conhecer o Coliseu do Porto.
Paragens do metro definidas, rua Passos Manuel avistada e a entrada no Coliseu já se avizinhava tão esperada como certa.
Seis pés pisaram o espaço e seis olhos contemplaram a beleza e a história que o local transmitia. Foi uma viagem rápida, mas produtiva, uma vez que nos deu a conhecer, por dentro, mais um ponto de referência para o nosso tema.
A imagem que nos ficou do espaço não a conseguimos definir em meia dúzia de palavras. Em palco, ainda que o Coliseu estivesse vazio, a sensação de responsabilidade e o nervoso miudinho - que em nós se fez sentir - elevou-nos a imaginação e levou-nos, mesmo de olhos bem aberto, a sentir o que era ter uma «casa» daquelas cheia para assistir ao nosso trabalho. Ficou a confidência de que, sentados, o Coliseu acolhe três mil pessoas, mas sem cadeiras ainda tem a capacidade de acolher mais quinhentas. A perspectiva que se tem em cima de palco é completamente diferente daquela que se tem quando entramos na sala e olhamos para cima do palco, por isso, é essa visão que torna interessante as nossas filmagens e as nossas fotografias.
Finda a visita, a chuva esperou por nós e, por baixo dos nossos guarda-chuvas, que ontem encheram mais um espacinho do Porto, escondiam-se três sorrisos rasgados e satisfeitos por mais esta oportunidade.

Mais uma visita marcada, mais uma etapa concluída!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

À descoberta de novos testemunhos.


Escolhidos os locais, traçados os caminhos, providas de sentido de orientação na descoberta de ruas novas, partimos em busca de novos testemunhos.
Durante esta semana, visitamos o Ginasiano, o Conservatório de Música de Gaia, a ESMAE - Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo - a ESE - Escola Superior de Educação - a ACE - Academia Contemporânea de Espectáculo - e o Teatro Rivoli, de maneira a conseguirmos consolidar o nosso trabalho e enriquece-lo com novas filmagens e fotografias.
Num primeiro momento, as respostas foram todas positivas. Ficamos, apenas, a aguardar confirmação e a marcação de datas para podermos prosseguir.

A persistência e o espírito de equipa levam-nos mais longe!

As visitas continuam!


Após mais alguns contactos que nos davam permissão a visitar a escola e a assistir a uma das aulas, na passada segunda-feira - dia 2 de Novembro - dirigimo-nos à Universidade Católica Portuguesa - Escola de Artes.
A visita dividiu-se em quatro partes! Num primeiro momento, assistimos - e gravamos - uma parte da aula de coro; finda esta parte, a visita prosseguiu com o senhor Pedro Neves - responsável pelo departamento de Música - que nos mostrou algumas salas com instrumentos e nos falou um pouco sobre eles e, também, nos proporcionou o contacto com uma aluna de piano. Acabada a visita pelo departamento de música, o senhor Jaime Neves - responsável pelo departamento de Som e Imagem - encaminhou-nos na terceira parte da visita: conhecer os locais que se destinavam a este departamento; mostrou-nos algumas salas, explicou-nos o que os alunos podem fazer em cada uma delas e, por fim, mostrou-nos o grande Auditório da Universidade Católica. A última parte desta visita pela Universidade ficou à responsabilidade da Drª Teresa - que também já foi directora da ESMAE - que nos respondeu a algumas perguntas e deu o seu testemunho.

Foi mais um dia diferente, recheado de simpatia e disponibilidade. O nosso muito obrigada à Universidade Católica Portuguesa - Escola de Artes.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

«Fecha-se uma porta, abre-se uma janela»


Após um «sim» entusiasmado, deparamo-nos com o nosso primeiro entrave...
Sexta-feira, tal como tínhamos informado, íamos ao Teatro Sá da Bandeira conhecer a sua história e o seu espaço. No entanto, por razões superiores a nós, esta visita teve de ser adiada; ainda não temos data marcada, nem sabemos se será possível para breve, mas voltaremos a contactar o Teatro, na esperança de conseguirmos realizar mais uma visita.
No percorrer deste caminho, que abraçamos a quatro corações, há portas que se fecham, sexta-feira deparamo-nos com a primeira, pelo menos num primeiro momento, mas há janelas que se abrem e, após deixarmos um comentário no blogue pessoal do actor Alexandre Ferreira (http://alexandreferreira.blogspot.com), que nos respondeu rapidamente, conseguimos fazer mais uma entrevista. Não tendo espectáculos agendados, para breve, no Porto, respondeu-nos, gentilmente, a algumas perguntas por email. Estas perguntas serão utilizadas para a exposição que realizaremos no final do ano.

De seguida, podem ser lidas três das perguntas que fizemos:

1. Como é que soube que queria ser actor?
Na escola primária, na 4ª classe, houve um dia em que, no final da aula, a professora sugeriu-nos que dramatizássemos a história da Sopa de Pedra. Acho que ninguém estava com muita vontade de fazer aquilo. Eu era o puto gorduchito tímido, estudioso e calado e, de repente, dei por mim em cima do palco a fazer de Frade a ir de casa em casa a recolher os alimentos para a sopa de pedra... E de repente reparo que está toda a gente a rir, e gostei da sensação. Desde então soube que era isto que queria fazer.

2. Quando é que se estreou em Televisão e no Teatro? Em que novela e em que peça?
Estreiei-me em televisão depois de me estrear no teatro. A primeira coisa que me lembro de fazer em televisão foi figuração numa novela da qual já nem me recordo o nome. A primeira vez que tive um papel na televisão foi na série Riscos, em 1997. No teatro, estreei-me profissionalmente em 1994, numa peça adaptada a partir de Gil Vicente chamada Cismeninha e Inês Pereira que era ao mesmo tempo uma peça e uma visita guiada pelo Teatro da Trindade.

3. De todas as personagens que fez - tanto em televisão como em teatro - qual a que o marcou mais? E qual foi mais dificil de encarnar?
Não tenho nenhuma personagem preferida. Isso é como perguntar a alguém qual é o seu filho preferido... Gosto de todas igualmente, todas me colocaram desafios e é isso que eu gosto nesta profissão, estar constantemente a descobrir-me nas personagens que faço.


Pela rapidez de resposta, pela simpatia e pela disponibilidade, o nosso muito obrigada ao Alexandre Ferreira que, desta forma, nos possibilitou a realização de mais uma etapa do projecto.



Na próxima semana, colocaremos mais perguntas desta entrevista.
Não percam!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mais um passo em frente.


As respostas, pouco a pouco, vão aumentando e a disponibilidade em prestarem colaboração neste projecto é cada vez mais visível.
Hoje, em principio, espera-nos mais uma tarde pelas ruas do Porto, em especifico a que nos leva ao Teatro Sá da Bandeira que, gentilmente, nos informou - ontem - que podíamos passar por lá hoje de tarde. O nosso sim foi imediato e, como seria de esperar, cheio de entusiasmo; o único senão é que ainda não sabemos se nos podemos deslocar lá, uma vez que não temos a certeza de que a máquina de filmar está disponível. Contudo, esperamos que sim, para podermos filmar mais um Teatro Nacional que nos mostrará a sua história e o seu espaço.
Se a visita não for realizada hoje, tentaremos marcar para outro dia e assim sendo, a nossa tarde será preenchida por outra etapa do nosso projecto: visitar a Academia Contemporânea de Espectáculo e o Ballet Teatro ou então o Conservatório de Musica de Gaia e o Ginasiano.

Há, cada vez mais, portas que se abrem e alargam os nossos horizontes, por isso, há, cada vez mais, caminhos que descobrimos e que nos ensinam coisas novas. O importante é nunca desistirmos e aproveitarmos todas as oportunidades que nos surgem neste caminho que percorremos de mente aberta e espírito de aventura. Até agora, só guardamos experiências positivas, que nos fazem querer repeti-las!


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os percursos


Como na nossa vida, este projecto tem vários percursos! Quinta e sexta dedicamos as nossas tardes a segui-los.
Em virtude do nosso tema, quinta dirigimo-nos ao Teatro Nacional de São João, ao Teatro Rivoli e ao Teatro Sá da Bandeira; na Sexta, dirigimo-nos ao Coliseu do Porto, novamente ao Teatro Nacional de São João, à Casa da Música e ao Espaço&Dança, junto ao Shopping Cidade do Porto.

Num primeiro impacto, as respostas foram positivas; mostraram-se todos disponíveis em, pelo menos, ouvir o que pretendemos. Após entrarmos, uma vez mais, em contacto, de modo a acertarmos todos os pormenores, teremos a certeza se poderemos, ou não, avançar.
Segunda-feira, em principio, iremos à Universidade Católica do Porto para assistirmos e filmarmos uma aula de coro, entrevistar o professor e alguns alunos, e falar com o senhor Jaime Neves, do departamento de Imagem e Som. Também já temos uma reunião com o Teatro Rivoli para o dia 12 de Novembro, pelas 18h.




Aos poucos e poucos, o nosso caminho vai-se completando.